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É urgente desmistificar a Alzheimer e a demência junto do povo

A Associação Alzheimer Portugal quer combater o desconhecimento e o estigma associados à demência que ainda prevalece em Portugal. Para o efeito lançou a campanha nacional "Amigos na Demência", para desmistificar a doença junto dos cidadãos. Na passada segunda-feira foram realizadas ações em 21 cidades do país, nomeadamente em Bragança, mais concretamente na Praça da Sé. Foi apresentada a iniciativa. Os transeuntes foram convidados a aderir à campanha e a assumir um compromisso para melhorar o dia a dia das pessoas com demência. "Pretendemos consciencializar a sociedade para a demência. Os últimos estudos revelam que as pessoas não estão consciencializadas nem para a doença de Alzheimer nem para as outras demências, nem para a forma de lidar com elas", explicou Marisa Fernandes, responsável do Gabinete de Alzheimer de Mirandela, o único do género no distrito. Uma das principais mensagens daquela associação incide sobre a ideia que a demência é uma doença e é igual ao envelhecimento normal. "São coisas diferentes. Quando há sinais de demência deve-se consultar os cuidados de saúde primários para que se possa fazer o encaminhamento para especialistas, como o neurologista", acrescentou.

O Relatório "Health at a Glance 2017" da OCDE revelou a prevalência da demência, colocava Portugal como o 4º país com mais casos por cada mil habitantes. A média da OCDE é de 14.8 casos por cada mil habitantes, sendo que para Portugal a estimativa é de 19.9. No topo da tabela encontramos o Japão com 23.3 casos por mil habitantes, seguindo-se Itália, Alemanha, Portugal, França, Grécia e Espanha. "Não temos dados na região mas a nossa experiência diz-nos que são imensos, temos muitos casos", afirmou. Marisa Fernandes referiu que em Portugal "há carência de respostas para a pessoa com demência". Isto poderá mudar, visto que já foi publicado o Plano Nacional de Demências. "Acreditamos que a partir de agora vai ser mais fácil construir outras respostas, mas é preciso começar pela base: explicar que esta doença existe e quais são os sinais de alerta", descreveu.

A campanha teve aspecto presencial na via pública, mas todos foram instados a procurar informação na Internet através do site amigosnademencia.org, onde os cidadãos se podem registar e comprometer-se a ter uma atitude diferente. "Basta não utilizarem a expressão 'demente' mas pessoa com demência e falar da doença em casa. Ao perceber um comportamento desadequado numa pessoa próxima e estar atenta", referiu a responsável.


Fonte:

Mensageiro de Bragança (2 de agosto de 2018)


Segunda, 27 de Agosto 2018, por Amigos na Demência


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